Tiradentes

Tiradentes foi um mártir da inconfidência mineira. Recebeu esse apelido porque era dentista, mas seu nome era Joaquim José da Silva Xavier.
Tornou-se mártir porque lutou pela
liberdade do Brasil do domínio português, principalmente do Estado de
Minas Gerais, onde era feita a extração de ouro em grandes quantidades.
A essa luta, esse movimento, deram
o nome de Inconfidência Mineira, que aconteceu no ano de 1789, pois o
povo brasileiro pagava impostos caríssimos para Portugal, sendo que eles
se apossavam de nossas matérias primas para vendê-las para o restante
da Europa, ou seja, Portugal tomava as riquezas do Brasil e ainda
cobrava impostos por isso, enriquecendo às nossas custas.
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Museu da Inconfidência |
Como principais objetivos dessa
luta tinham: a autonomia dessa província; formar um governo republicano
que não dependesse mais de Portugal, onde seu presidente seria Tomás
Antônio Gonzaga; fazer de São João Del Rei a capital; construir uma
universidade nesta cidade e libertar apenas os escravos nascidos no
Brasil.
Porém Tiradentes e os outros
inconfidentes foram denunciados ao governo de Portugal, e acabaram sendo
presos juntamente com seus opositores. Tiradentes assumiu sozinho a
responsabilidade do movimento e foi condenado à morte.
No dia 21 de abril de 1792, na
cidade do Rio de Janeiro, percorreu o trajeto até a cadeia pública, onde
o governo aproveitou-se da situação para mostrar seu poderio contra
manifestantes de ideologias contrárias, como forma de inibir outras
manifestações. Após a leitura da sentença que o condenava, morreu
enforcado. Neste dia é feriado nacional, em homenagem à sua morte.
Na cidade de Ouro Preto está
localizado o Museu da Inconfidência Mineira, mais precisamente na Praça
Tiradentes, preservando a memória dessa parte histórica da região. Além
desses, o museu também possui documentos históricos do ciclo do ouro no
Brasil, com obras de Aleijadinho e Manuel da Costa Ataíde.

21 de Abril - A história de Tiradentes.
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, batizado em 12 de novembro de 1746 — Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792) foi um dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político brasileiro. É reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira e herói nacional no Brasil.
Biografia
Nascido num sítio no distrito de Pombal, próxima ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, à época território disputado entre as vilas de São João del-Rei e São José do Rio das Mortes, nas Minas Gerais, da Silva Xavier era filho do português Domingos da Silva Santos, proprietário rural, e da brasileira Maria Antônia da Encarnação Xavier, tendo sido o quarto dos sete irmãos. Em 1755, após o falecimento da mãe, segue junto a seu pai e irmãos para a sede da Vila de São José; dois anos depois, já com onze anos, morre seu pai. Com a morte prematura dos pais, logo sua família perde as propriedades por dívidas. Não fez estudos regulares e ficou sob a tutela de um padrinho, que era cirurgião. Trabalhou como mascate e minerador, tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu a alcunha Tiradentes, um tanto depreciativa. Não teve êxito em suas experiências no comércio.
Com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração, tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos. Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão brasileiro. Em 1780, alistou-se na tropa da capitania de Minas Gerais; em 1781, foi nomeado comandante do destacamento dos Dragões da patrulha do Caminho Novo, estrada que servia como rota de escoamento da produção mineradora da província ao Rio de Janeiro. Foi a partir desse período que Tiradentes começou a se aproximar de grupos que criticavam a exploração do Brasil pela metrópole, o que ficava evidente quando se confrontava o volume de riquezas tomadas pelos portugueses e a pobreza em que o povo permanecia. Insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, tendo alcançando apenas o posto de alferes, o posto inicial do oficialato à época, e por ter perdido a função de comandante da patrulha do Caminho Novo, pediu licença da cavalaria em 1787.
Morou por volta de um ano na cidade carioca, período em que idealizou projetos de vulto, como a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para a melhoria do abastecimento de água do Rio de Janeiro; porém, não obteve não conseguiu aprovação para a execução das obras. Esse desprezo fez com que aumentasse seu desejo de liberdade para a colônia. De volta a Minas Gerais, começou a pregar em Vila Rica e arredores, a favor da independência das Minas Gerais. Organizou um movimento aliado a integrantes do clero e da elite mineira, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo, Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor da comarca, e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das colônias estadunidenses e a formação dos Estados Unidos da América. Ressalta-se que à época, oito de cada dez alunos brasileiros em Coimbra eram mineiros, o que permitiu à elite regional acesso aos ideais liberais que circulavam na Europa.