Olimpíada Nacional de História: alunos baianos levam medalha de ouro

por Luís Filipe Veloso
Olimpíada Nacional de História: alunos baianos levam medalha de ouro
Foto: Acervo pessoal

















 Quais itens deveriam fazer parte de uma lista com características de aluno vencedor da Olimpíada Nacional de História? Acordar às 3h30 da madrugada, na localidade de Gamboa, em Vera Cruz, na Região Metropolitana de Salvador - não poder tomar o café da manhã para não correr o risco de perder o ônibus escolar que saía às 4h (detalhe que o coletivo frequentemente quebrava e era preciso pagar condução), viajar 109 quilômetros, diariamente, até o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba) de Valença, no Baixo Sul, e ainda ser discriminado por alguns colegas por morar distante e, por isso, receber um apoio especial de alguns educadores? Com certeza, muita gente deve ter ficado cansado somente nesta leitura. Não foi o que ocorreu com Elvis Brito, de 19 anos. Medalhista de ouro da última edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil, acreditou no sucesso e no incentivo do professor Ricardo Behrens, orientador da equipe “Desbravadores do Equilíbrio” composta por Elvis (aluno do 3° ano de aquicultura), Anderson Loiola e Bruno Conceição (do 4° ano de informática). 
Foto: Acervo pessoal

























O Ifba de Valença esteve muito bem representado, diga-se de passagem, com um grupo de ouro totalmente feminino: “As Panteras”, formado por Grícia Mendes, Manuela de Adolfo e Ingrid Pereira (todas do 4º ano de Turismo). E não apenas o campus de Valença. Alunos da unidade de Salvador trouxeram a medalha de bronze para o Barbalho. Eles foram submetidos a cinco etapas eliminatórias realizadas pela internet onde os grupos respondiam provas objetivas e faziam tarefas com o suporte do orientador. O ponto máximo foi a sexta e última fase na cidade de Campinas, em São Paulo, nos dias 15 e 16 de agosto, quando foram premiados. Além da medalha e a alma lavada pela quebra dos limites, os jovens baianos voltaram para casa com lotes de livros relacionados com a história do país e a autoestima cheia de motivos para receber as boas vindas de quem, antes, duvidou da possibilidade da conquista.

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