Estudantes do Ifba protestam contra expulsões e congestionam trânsito no Centro
Os alunos alegam que as expulsões têm motivações políticas; segundo
eles, os punidos se posicionam contra a atual gestão da instituição
Thiago Freire ( )
Thiago Freire ( )
Cerca de 50 estudantes do Instituto
Federal da Bahia (Ifba) protestaram, na manhã desta quinta-feira (10),
pela expulsão de cinco estudantes e suspensão de outros 14. Eles
caminharam da Reitoria, no Canela, até o Campo Grande, causando grande
congestionamento na região. Segundo os presentes, as punições foram
severas em excesso e tiveram motivação política.
A
punição aos estudantes é resultado de uma Comissão de Sindicância,
constituída pela Reitoria. A Comissão foi instalada após acusações de
servidores que estudantes teriam, no dia 4 de fevereiro, invadido a sala
do diretor geral do campus de Camaçari, riscado as paredes e atentado
conta a integridade física de alguns servidores.
Os
estudantes afirmam que entraram na sala do diretor geral, Affonso
Alves, para exigir que o mesmo pariticipasse de uma reunião previamente
agendada. "Entramos na sala pedindo para o diretor fazer a reunião que
ele tinha marcado. O Ifba enviou uma carta para meus pais, mas a gente
não sabia o motivo da punição", conta Rafael Souza, 17 anos, um dos
expulsos.
Segundo Karine
dos Santos, que tem 19 anos e também foi expulsa, houve excessos, mas
não para justificar uma expulsão. "Em nenhum momento ele (Affonso)
pareceu acuado. Alunos riscaram a parede, mas reprimimos. Inclusive eu
não estava no momento da entrada. Só fiquei 7 minutos lá dentro e fui
expulsa", conta.
Uma das diretoras do grêmio do Ifba de Camaçari, Gabriele Ribeiro, diz que houve motivação política. "Teve eleição para diretoria do campus recentemente. Todos os punidos apoiaram outra candidatura", afirma, fazendo ainda outra denúncia. "As matrículas e iniciais dos expulsos e suspensos estão expostos no mural do campus".
Quem tem a mesma opinião é Rosângela Castro, professora do campus de Valença. "É uma punição severa demais e motivada por questões políticas, para que todos que se manifestam contrários à ele (o reitor) saibam que é esse tipo de futuro que nos espera. Nós temos um conjunto de servidores, que se opõem à gestão, respondendo a processos administrativos", afirma. Rosa, como é conhecida, é também coordenadora de opressões da seção baiana do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Basica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
Uma das diretoras do grêmio do Ifba de Camaçari, Gabriele Ribeiro, diz que houve motivação política. "Teve eleição para diretoria do campus recentemente. Todos os punidos apoiaram outra candidatura", afirma, fazendo ainda outra denúncia. "As matrículas e iniciais dos expulsos e suspensos estão expostos no mural do campus".
Quem tem a mesma opinião é Rosângela Castro, professora do campus de Valença. "É uma punição severa demais e motivada por questões políticas, para que todos que se manifestam contrários à ele (o reitor) saibam que é esse tipo de futuro que nos espera. Nós temos um conjunto de servidores, que se opõem à gestão, respondendo a processos administrativos", afirma. Rosa, como é conhecida, é também coordenadora de opressões da seção baiana do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Basica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
O
diretor geral diz que os estudantes queriam que ele participasse de uma
assembleia, quando o combinado tinha sido uma reunião. Em nota, ele
informa que "o IFBA Campus Camaçari está à disposição para dialogar com
os pais e comunidade e que os diretores e servidores envolvidos estão
empenhados para, de forma sensata, buscar o equilíbrio que garantirá o
cumprimento da missão do IFBA".
O
reitor do Ifba, Renato da Anunciação, confirma que homologou a decisão
da Comissão, após supervisão da procuradoria jurídica da instituição. "A
comissão enviou uma convocação, intimando os estudantes e responsáveis a
participarem das oitivas para serem ouvidos e se defenderem. Foram
ouvidos mais de 150 estudantes. Todos os servidores que testemunharam e
foram vítimas dos eventos, foram ouvidos", afirma. Segundo o reitor,na
confusão os estudantes chegaram a machucar o braço de uma professora.