Pesquisa aponta que profissionais da saúde na Bahia sofrem com esgotamento físico e mental

Rotina pesada leva profissionais a serem internados com problemas psiquiátricos

Do R7

Para tentar superar o estresse, estes profissionais buscam saídas fazendo uso abusivo de medicamentos, álcool e drogas Divulgação

Um artigo publicado na Revista Brasileira de Terapia Intensiva apontou que profissionais da saúde na Bahia sofrem com esgotamento físico e mental. O estudo realizado com mais de 300 médicos, com idade entre 24 e 58 anos, plantonistas de uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de Salvador, mostrou que 63% dos entrevistados apresentaram algum sintoma de estafa profissional.

A pesquisa foi feita com o objetivo de identificar a exaustão profissional e esgotamento físico e mental dos médicos participantes. As principais queixas relatadas pelos profissionais da saúde foram referentes ao ambiente fechado, rotinas extremamente exigentes com condições escassas e ritmo acelerado de trabalho, contato constante com questões éticas e decisões vitais, convívio com a morte, imprevisibilidade e carga horária excessiva.




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Em entrevista ao R7 BA, o psquiatra Sérgio Lima disse que os primeiros sintomas do estresse relacionado ao trabalho são a exaustão, sobrecarga física e mental e dificuldades de relacionamentos.

— Se a pessoa começa a semana ou o plantão cansado é um sintoma de estafa. A irritabilidade, agitação, o sentimento de desvalorização ou de que o mundo esta conspirando contra a pessoa também são sintomas de que ela está em um quadro de estafa.

Uma das questões preocupantes, segundo o doutor Sérgio Lima, é que para tentar superar o estresse e a rotina pesada, estes profissionais buscam saídas fazendo uso abusivo de medicamentos, álcool e drogas, o que pode colocar a sua vida e a do paciente em risco.

— Neste caso, a família é essencial para denunciar o quadro e até ajudar na internação deste profissional, pois, muitas vezes, eles não querem assumir o que estão passando.

Outro fator a ser levado em consideração é que estes profissionais nem sempre tem um acompanhamento psicológico em seu local de trabalho.

— Geralmente, os hospitais se preocupam com a humanização do atendimento ao paciente e suas famílias, mas esquecem o profissional de saúde que também está sob uma forte pressão emocional e física.

As formas de tratamento variam de acordo com a gravidade e necessidade de cada paciente. Mas, segundo o psquiatra, é importante procurar atividades terapêuticas ou não, que façam a pessoa sentir-se bem e energizada.

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